Por: Taciana Giesel
Durante a 193ª reunião do Conselho Nacional de Saúde (CNS), realizado nos dias 14 e 15 de janeiro, em Brasília, algumas questões foram cruciais para o movimento médico no país. Dentre elas, podemos destacar uma grande mobilização que o CNS quer fazer para conscientizar a sociedade na defesa do Sistema Único de Saúde (SUS).
No documento, elaborado pelo Conselho, os conselheiros disseram que querem a implementação plena do SUS idealizado pelo povo brasileiro. O representante da Federação Nacional dos Médicos, Eduardo Santana, 2º vice-presidente da entidade, disse que a idéia é resgatar os princípios do SUS nos cidadãos brasileiros. “A proposta do Plenário do Conselho é que 2009 seja um ano de luta para fortalecer os princípios do Sistema Único de Saúde no país e de mobilizar a sociedade brasileira para que haja uma compreensão de que a defesa e a implementação do SUS não é apenas um compromisso ou uma responsabilidade das entidades que militam pelo movimento, mas é um direito e um dever da sociedade como um todo”, afirmou.
Segundo o diretor, ainda é preciso que as ações no SUS possam garantir uma política de recursos humanos que seja capaz, não só de absorver os profissionais médicos, mas disponibilizá-los à população conforme as necessidades da sociedade. “Os profissionais médicos devem ter condições de exercer eticamente suas profissões no SUS e serem devidamente valorizados,” ressaltou Santana.
As ações para a mobilização em defesa do SUS também foram elaboradas e já existem duas frentes que o CNS deve utilizar com prioridade. De um lado, o CNS vai atuar junto aos órgãos de defesa do cidadão como o Ministério Público e o Judiciário para cobrar os compromissos de responsabilidades. Por outro lado uma grande mobilização em massa será feita para atingir a toda a população.
Outra questão abordada durante a reunião foi o reconhecimento dos cursos de medicina dos cursos de medicina das faculdades UNICENP, Ciências Médicas da Paraíba, e UNICEUMA, conforme critérios da Comissão Interinstitucional de Recursos Humanos (CIRH). Eduardo Santana também se posicionou sobre esta questão e disse que as entidades médicas consideram os critérios utilizados pela CIRH insuficientes para reconhecer ou autorizar novas faculdades de medicina e que já existe uma mobilização para que estes critérios sejam revistos.
Também foi aprovada uma moção de repúdio ao ataque Israelense à Palestina e um pedido para que a paz se restabeleça prontamente naquela região, entre outras questões.
A matéria também esta disponível em áudio. Confira!
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